Em uma ação que inverte uma tendência para a energia eólica e solar, o governo brasileiro está buscando adjudicar contratos para mais usinas movidas a carvão e gás natural.
Isto decorre da pior seca do país nos últimos 80 anos, secando reservatórios nas barragens hidrelétricas. Estas já produziram 90 por cento da energia do Brasil: um número que caiu para 67 por cento após a seca de 2013. As novas usinas térmicas assegurariam um fornecimento garantido e preveniriam a necessidade de implementar tanto racionamento de energia elétrica como a importação de GNL caro. A escassez de chuvas já levou ao racionamento de água em 19 cidades no sudeste e nas regiões centrais.
Responder a esta necessidade urgente de curto prazo com mais usinas de petróleo e gás criou tensões com ambientalistas, sobretudo, porque o Brasil está se juntando às conversações na ONU destinadas a chegar a um acordo sobre a limitação das emissões de combustíveis fósseis.
Mesmo assim, o mercado de gás brasileiro tem um tremendo potencial para novos investimentos e crescimento, e junto com o estímulo para fontes de combustível baratas e estáveis, a necessidade de desenvolver métodos mais sustentáveis de produção de gás é mais crítica do que nunca.